mão de obra livre no período colonial brasileiro

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Para a compreensão da formação social da mão-de-obra livre no Brasil, se faz necessário analisar alguns aspectos sócio-políticos do sistema colonial e sua herança na formação das classes sociais no Brasil.
O regime colonial foi de fundamental importância para a acumulação da burguesia metropolitana. A forma colonial de exploração necessitava de um conjunto interligado de ações que, futuramente, refletiriam na formação social brasileira. O escravismo foi a expressão colonial do capitalismo europeu. Enquanto na Europa se desenvolvia a formação do trabalho livre, a maior divisão social do trabalho, a mão –de –obra escrava se adequava às exigências do novo empreendimento colonial, pautado na superexploração, uma vez que se tornara
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Segundo Carvalho Franco, formou-se uma conjunto de homens livres sem um posicionamento preciso no sistema de produção mercantil. Eles não eram submetidos ao

trabalho forçado e não se proletarizaram. Apesar de abundantes, eram dispensáveis desvinculados dos processos essenciais da sociedade, fomando uma “ralé”.
A população livre era extremamente móvel, deslocando-se constantemente e prestando serviços esporádicos à grande propriedade. Conforme Carvalho Franco, a vida seminômade da população livre foi definida pela disponibilidade de terras férteis para o interior que, associado à pobreza das técnicas de produção, reforçam sua instabilidade.
Nesse sentido, foi a marginalização que fez a mobilidade o “estado natural”, sem vínculos, desenraizado do caipira, que favoreceu ao enorme desperdício da força de trabalho e ofereceu a miserável situação ao homem livre de poder apenas produzir o estritamente necessário para sua sobrevivência.
Kowarick, em sua obra, traz a discursão da violência no cotidiano do homem livre já aprofundada na obra de Carvalho Franco. Através de uma análise sócio antropológica da vida regional da relações comunitárias, a autora mostra características que formam o grande contingente de populações que viviam à margem do latifúndio e desenvolveram um sistema de ajustamentos pessoais, espontâneas, suscitadas pela dinâmica das situações imediatas. A pesquisa a partir dos autos de processos criminais que registravam repetidas
condutas

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