O filme conta a história de Coraline Jones, uma menina aos onze anos de idade, filha única, cujos pais escritores encontram-se muito ocupados com o trabalho e não lhe dão a devida atenção. A história começa com a família chegando de mudança em um antigo casarão chamado “Palácio Cor-de-Rosa”. A senhoria não aceitava famílias com crianças porque, sua irmã desapareceu misteriosamente quando ainda era criança. O lugar é sombrio, chove com frequência, mas, apesar das chuvas, o jardim em frente ao casarão parece sem cuidados e quase sem vida. Chama a atenção o fato de os pais de Coraline se dedicarem a escrever um catálogo sobre jardinagem, mas, parecem indiferentes ao jardim que jaz em frente às janelas. Coraline critica sua mãe por não deixá-la brincar na chuva e na lama: “Você e papai são pagos para escrever sobre plantas e odeiam terra!”, diz ela. Por muitas vezes Coraline tenta atrair a atenção de seus pais absorvidos pelo trabalho. Mas, eles sempre dão um jeito para que ela se afaste, fique longe deles, se entretenha com qualquer outra coisa, mas, não os atrapalhe. Coraline tenta dialogar com a mãe, mas, ela não corresponde. Há um momento em que Coraline comenta que quase caiu em um poço e que poderia ter morrido. A mãe responde displicente: “Que legal!”. Também não deu importância para a alergia na mão da filha causada pela varinha de rabdomante.
É nítida a inversão de papéis das figuras parentais: a mãe é dominadora, autoritária e ríspida com a filha. O pai trata a