: concreto de ultra-alta resistência (Ductal)
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Nos últimos 20 anos, com o estabelecimento de novas metodologias de dosagem de componentes, domínio dos aditivos, e a progressiva associação de minerais ultrafinos (pós-reativos) e microfibras metálicas ou orgânicas, chegou-se a uma geração de concretos de ultra-alto desempenho. O novo material foi desenvolvido a partir do HPC (high performance concrete) e, no Brasil, é conhecido como CPR (concreto de pós reativos). A palavra "pós", no caso, é plural de pó, e refere-se aos ultrafinos da composição. Em inglês, RPC (reactive powder concrete), e em francês, BFUP (beton fibré à ultra performance).O primeiro exemplo de uso desse concreto é de 1997, na construção da passarela de Sherbrooke, Canadá, que teve assessoria do professor Pierre Claude Aïtcin, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Sherbrooke.
O concreto de ultra-alta resistência consiste, basicamente, na mistura de cimento de alta reatividade, sílica ativa (por ser uma pozolana de alta reatividade e efeito fíler), pó de quartzo, agregado miúdo, microfibras de aço ou orgânicas (de 2% a 4%, e de 1 mm a 13 mm de comprimento e 0,15 mm a 0,2 mm de diâmetro), aditivo superplastificante (que viabiliza a baixa relação água-cimento, em torno de 0,15 e 0,2) e água. Em relação aos concretos convencionais, esses produtos de última geração apresentam resistências à compressão até oito vezes superior, e à flexão, dez vezes maior. Isso significa uma resistência à compressão entre 150 e 250 MPa (bem superior aos 20