Visão global - Lusíadas

2225 palavras 9 páginas
ANÁLISE GLOBAL

– Luís de Camões, Os Lusíadas
____A estrutura____

Estrutura externa

O poema está escrito em versos decassilábicos, predominando o decassílabo heróico (acentos principais na 6ª e 10ª sílabas) considerado o mais adequado para a poesia épica. Cada estrofe é constituída por oito versos (oitavas) que apresentam o esquema rimático abababcc, ou seja, rima cruzada e emparelhada. No seu conjunto o poema apresenta 1102 estrofes distribuídas por 10
Cantos. O número de estrofes por Canto varia entre as 87 do Canto VII e as 156 do Canto X.
Estrutura interna: Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro partes com funções específicas:
.Proposição – parte introdutória em que o poeta enuncia o que vai cantar (C.I, ests.
…exibir mais conteúdo…

No desenrolar da acção central destacam-se as tentativas frustradas das gentes de Quiloa e Mombaça para destruir a Armada, o caloroso acolhimento do
Rei de Melinde, os episódios que apresentam fenómenos naturais como o Fogo de Santelmo e a Tromba Marítima, o episódio simbólico do encontro com o Gigante Adamastor, o episódio da Tempestade, último grande perigo ultrapassado antes da chegada à
Índia. Aqui, e mais uma vez, os navegantes confrontam-se com a hostilidade dos chefes locais que, no entanto, não conseguem contrariar o êxito da viagem. A concluir a acção fulcral assume especial relevo o episódio simbólico da Ilha dos Amores. É o fim de um percurso que começa em dor e acaba em glória.
→ Acção mitológica

A acção mitológica centra-se no conflito entre Vénus e Baco.
Apesar de, na sequência do polémico Consílio dos Deuses no Olimpo, Júpiter ter determinado que os portugueses, que já se encontravam na costa oriental de África, mereciam, e iriam, ser ajudados pelos deuses a chegar à Índia, Baco não acata a decisão.

Instiga os povos indígenas contra os navegadores, prepara ciladas para os destruir, leva o Deus do Mar, Neptuno, a convocar o consílio dos Deuses Marinhos de que resulta a ordem dada a Éolo para soltar “as fúrias dos ventos”, de forma a “que não haja no mar mais navegantes”. Vénus, que desde o Consílio se

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