TRABALHO SOBRE O LIVRO “IRACEMA”, ESCRITO POR JOSÉ DE ALENCAR Iracema era filha do pajé da tribo Tabajara e, na mata, depara-se com um português de nome Martim. Este havia se perdido dos amigos da tribo Pitiguara, inimiga da Tabajara. O homem passa um tempo como hóspede da tribo de Iracema e, dessa forma, os dois acabam se apaixonando. Porém Irapuã, o chefe da tribo, não gostava do estrangeiro e queria matá-lo, já que também era apaixonado pela índia e queria-a para si. Iracema, porém, não podia ser tocada por nenhum homem, ou os deuses da tribo a amaldiçoariam, já que sua virgindade havia sido consagrada. Pelo amor a Martim, Iracema torna-se sua esposa e abandona sua tribo, fugindo para a dos Pitiguaras. Mais tarde, percebe que o …exibir mais conteúdo…

“Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano...” (capítulo 1) e “Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo” (capítulo 2) são exemplos de passagens que o definem fisicamente. Psicologicamente, ele era um guerreiro corajoso e que não tinha medo da morte, porém passava por momentos de fragilidade, indecisão e insegurança, principalmente em relação à saudade de sua pátria. “Martim ergueu-se; as longe de seguir a virgem, caminhou direito a Irapuã. Sua espada flamejou no ar. – Os guerreiros de meu sangue, chefe, jamais recusaram combate. Se aquele que tu vês não foi o primeiro a provocá-lo, é porque seus pais lhe ensinaram a não derramar sangue na terra hospedeira.” (capítulo 10) e “Mas por que, mal de volta ao berço da pátria, o jovem guerreiro de novo deixa o teto paterno e demanda o sertão?” (capítulo 6) são passagens que claramente definem a personalidade da personagem. O livro possui claras características do Romantismo, que refletem diretamente nas ações e na personalidade das personagens. Iracema é uma mulher idealizada, perfeita, virginal e pura, como podemos observar em “Ela não é mais doce do que Iracema, a virgem dos lábios de mel; nem mais formosa! Murmurou o estrangeiro” (capítulo 6). É submissa a um amor eterno, Martim, de quem é extremamente dependente. “Se tu não vens,