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Marcelo Coelho Carneiro

A CURA DO CEGO DE NASCENÇA (Jo 1-41)

São Paulo
16 de novembro de 2011

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INTRODUÇÃO

Qualquer pessoa que ler o texto não terá dificuldades em identificar o ator principal que é o cego. Toda narrativa é uma espécie de diálogo que acontece entre
Jesus e seus discípulos, Jesus conta a história de como aconteceu à cura de um cego de nascença;
Um sábado, em Jerusalém, Jesus fez um milagre. A um cego de nascimento untou-lhe os olhos com barro feito com saliva, mando-o lavar-se na piscina de Siloé e o cego viu. Em torno desta simples ação de Jesus, o evangelista monta toda uma cena: nela intervêm principalmente o cego curado, os fariseus e os familiares do cego.
Jesus só aparece no início e no fim do ato, para instruir com a sua palavra o cego e os fariseus. Todo o contexto de disputas, atitudes e ensinamentos derivam da atuação de Jesus, porque ele1

“Enquanto está no mundo, é luz do mundo” (Jo 9,5).
O objetivo deste nosso trabalho é fazer um estudo mais aprofundado da perícope: “A cura do cego de nascença” (Jo 9, 1-41) e não temos a pretensão de esgotar o assunto, pois estamos cientes de que o estudo é muito mais amplo. E está dividido da seguinte maneira: Na primeira parte, divisão e entendimento da perícope; segunda parte, o contexto histórico; terceira parte, a mensagem e por fim uma conclusão. 1

DELA CALLE, Francisco. A teologia do quarto evangelho. Trad. Pe. José Raimundo Vidigal. São Paulo:
Paulinas, 1978, p. 92.

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A CURA DO CEGO DE