Setor bancário: na vanguarda do desemprego tecnológico
Na vanguarda do desemprego tecnológico
Por LAURO A. MONTECLARO CESAR JR. (*)
Apesar das afirmações otimistas de que a redução de mão-de-obra, devido à automação industrial, seria largamente compensada pela criação de novos empregos em outras áreas, notadamente o setor de serviços, a realidade é bem diferente.
A automação nas industrias sempre foi causa de desemprego. Mas ao longo da primeira revolução industrial representada pela proliferação da exploração do carvão e da máquina a vapor, e da segunda, representada pelo uso em larga escala da eletricidade e dos motores de combustão interna, os empregos eliminados logo reapareceram em outras áreas, inclusive em novas indústrias.
O novo paradigma tecnológico, caracterizado pelo uso intensivo das novas tecnologias de informática e telecomunicações, foi imediatamente designado como “terceira revolução industrial” e as conseqüências deveriam ser as mesmas: Algum desemprego, inicialmente causado pelo aumento da produtividade e pelo despreparo dos próprios trabalhadores, seria logo superado. Surgiriam novas vagas, nas próprias empresas fabricantes de equipamentos de robótica, computadores, periféricos e software.
Além disso, dizia-se, o setor de serviços ira crescer enormemente, criando um número inédito de empregos, todos muito mais atraentes, com trabalho mais qualificado, mais criativo e principalmente, mais bem remunerado. A classe trabalhadora trocaria o velho macacão sujo de graxa pelos paletós e