Schistosoma mansoni
Eliana Maria Zanotti ** Luiz Augusto Magalhães** Aquiles Eugenico Piedrabuena **
ZANOTTI, E. M. et al. Morfologia e desenvolvimento de Schistosoma mansoni Sambon, 1907 em infecções unissexuais experimentalmente produzidas no camundongo. Rev. Saúde públ., S. Paulo, 16:114-9, 1982.
RESUMO: Estudou-se o desenvolvimento de Schistosoma mansoni em infecções unissexuais no camundongo. Os esquistossomos fêmeos apresentaram-se menos desenvolvidos do que os machos. Houve correlação entre o comprimento dos machos e o número de testículos. Verificou-se que o isolamento sexual é prejudicial aos dois sexos, …exibir mais conteúdo…
Estatisticamente, verificamos que os vermes machos da infecção bissexual apresentaram comprimento maior quando comparados com vermes machos obtidos em infecção unissexual (t = 3,417, significativo a nível de 1%). O comprimento dos esquistossomos fêmeos obtidos em camundongos com infecção bissexual foi muito maior que o comprimento dos esquistossomos fêmeos obtidos em infecção unissexual (t = 12,05, significativo a nível de 0,1 %). Através das Tabelas 1 e 2 verificamos que os vermes machos apresentaram comprimento maior que as fêmeas independentemente do tipo de infecção. Com relação aos lóbulos testiculares, verificamos que os vermes colhidos em camundongos com infecção bissexual apresentaram maior número de glândulas do que as observadas nos vermes obtidos de infecção unissexual (t = 2,377, significativo a nível de 5%). O comprimento dos vermes machos mostrou estreita relação com o número de testículos, de maneira que vermes maiores apresentaram número maior de testículos. Esta correlação foi válida para vermes colhidos em camundongos com infecções bi e unissexual (r = 0,8151, significativo a nível de 0,1%, para infecção bissexual e r = 0,6618, significativo a nível de 0,1%, para infecção unissexual). Em duas ocasiões, em camundongos portadores de infecções unissexual, observamos vermes que continham respectivamente, 26 e
35 lóbulos testiculares (Fig. 1). Alguns esquistossomos