Resumo genealogia da moral
Regina Roppa Evilasio
Nietzsche apresenta na Genealogia da moral (1887) uma proposta marcada pela idéia da transvaloração de todos os valores, mostrando que o problema da filosofia é um problema de valor. . Tradicionalmente, entende-se por moral os princípios dos costumes e deveres do homem, mas o autor faz uma investigação propondo uma clarificação sobre a moral e não apenas conceituá-la através de suas origens, usando a filologia e a história como auxiliares nessa investigação e assim tece um olhar crítico sobre os valores. Nessa crítica coloca os valores na berlinda fazendo uma revolução nos conceitos que norteiam a sociedade e a tradição moral.
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Daí a justificativa da repulsa ao sacerdócio pelo filósofo. Assim, esses dois valores “bom e ruim” estão em luta constante em toda história do homem, não estão resolvidos.
A segunda dissertação aponta a necessidade do esquecimento como uma força inibidora ativa e positiva, pois fecha temporariamente a consciência para que haja lugar para o novo promove certa paz e felicidade, mas o homem desenvolveu uma capacidade oposta: a memória que está ligada ao querer, à vontade que em dados momentos gera a culpa, ligada à ideia original de dívida material que atualmente se tornou psicológica; a consciência; ao dever; a vergonha de si mesmo e o castigo. Nietzsche pontua que: “o advento do Deus cristão, o deus máximo até agora alcançado, trouxe também ao mundo o máximo sentimento de culpa” ( 1998. p. 79). Assim a culpa ganha o caráter de sofrimento e a vingança aparece aqui na forma de ressarcimento da dívida que o indivíduo tem com seu credor que se vinga impingindo-lhe castigos. A vingança, dessa forma, configura-se em justiça se instituindo enquanto legislação.
Nietzsche revela que a transvaloração é uma mentira que muda a fraqueza em mérito e transforma o miserável, o doente em pecador, podendo ser salvo através da religião defendida pelos sacerdotes. Essa postura desagrava o caráter trágico que a realidade possui, causando a impressão de que a impossibilidade ante o modo de ser da realidade pode ser