Resumo do livro ensino da gramática opressão? liberdade?
Capitulo I
A escola e a chamada crise do idioma Resumo:
Mesmo em uma análise superficial é possível apontar três ordens de crises independentes, mas estreitamente relacionadas, que acabam desaguando na ação da escola. Essas crises têm raízes mais profundas do que uma simples verificação de escassez de recurso e do desinteresse das autoridades competentes, ou do despreparo do corpo docente e discente.
A primeira crise é na ordem institucional, na própria sociedade, que, de uns tempos para cá, seguindo as pegadas de uma tendência mundial do após-guerra, privilegiou o coloquial, o espontâneo e o expressivo, renovando, consideravelmente, a língua popular e o argot.
A segunda …exibir mais conteúdo…
Foram dois:
I- Linguístico: a linguística elevou em demasia o ensino da língua oral – por essa ser antecedente da escrita - e desta maneira instaurou um movimento contra a gramática normativa por essa ser fundada na escrita.
É interessante lembrar a indulgência e até certo elogio com que Ferdinand Saussure comenta a tarefa da gramática tradicional, de inspiração grega. Logo na introdução do Cours de linguistique generale, ao referir-se à polissemia do termo gramática, diz que essa gramática tradicional está “fundada na lógica e desprovida de toda visão científica e desinteressada da própria língua”, porquanto o que se pretende é “unicamente dar regras para distinguir as formas corretas das incorretas; é uma disciplina normativa, muito distante da observação pura, o seu ponto de vista é necessariamente restrito”.
II- Político: a educação linguística põe em relevo a necessidade de que deve ser respeitado o saber linguístico prévio de cada um, garantindo-lhe o curso na intercomunicação social, mas também não lhe furta o direito de ampliar, enriquecer e variar esse patrimônio inicial.
O grande defeito da gramática normativa tradicional é ver a língua (junção de várias variantes dialetais) como um elemento homogênio. Ela trata apenas da variante que pode ser localizada como procedente do sudeste - regional - (variante sintópica), da classe dominante – nível social - (variante sinstrática) e