Resumo afasia e apraxia
Como aponta Campos, Silva, Novaes-Pinto (2008) “Desta forma, a avaliação dos sujeitos afásicos passa a ser feita por meio da análise dos enunciados produzidos em episódios dialógicos, isto é, a partir de interações verbais, que consideram relevantes e primordiais a compreensão desses sujeitos de forma não idealizada – desconsiderando a tese da existência de um sujeito afásico ideal. Prioriza a essência dialógica da linguagem como fator orientador dos trabalhos sobre as categorias clínicas de afasias. Ou seja, um tratamento que valorize os “processos”, não os “produtos”, que os sujeitos afásicos articulam para participarem de interações verbais, baseados em fatores históricos, sociais e culturais.” Esta …exibir mais conteúdo…
Esse caso nos remete, também, à questão da escuta terapêutica que, por sua vez, nos permite algumas considerações sobre a práxis. Vimos que a terapeuta tinha já uma escuta particular, que eu qualifiquei como “clínica”. Acrescento, agora, que essa escuta não nos leva na direção da clínica médica. Vê-se que ela é afetada por uma relação à Psicanálise. É ali que a distinção queixa/demanda é questão diagnóstica. Vimos, também, uma escuta intuitiva para a fala ser transformada a partir de uma leitura do material gravado/escutado, não menos particular. Em ambos os casos, apreende-se na escuta, um jogo entre teoria e prática.” o timing da interpretação determinado sempre pelo afásico, pois não há regra, receita para essa interpretação o caso que irá direcionar, cabe a “sensibilidade”, a atenção do terapeuta para isto. Também trouxe a reflexão da causalidade direta e as classificações da afasia, pois este paciente apresentava uma tipologia de afasia incompatível com a lesão que foi diagnosticada, denotando a heterogeneidade, não passível de classificação, das falas afásicas.
Artigo: A afasia e o problema da convergência entre teoria e abordagens clínicas.
Autoras: Suzana Carielo da Fonseca; Cleybe Hiole Vieira. Neste artigo as autoras