Resumo Indicativo de O Pequeno Príncipe
Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histórias Vividas", uma gravura. Ela representava uma jiboia engolindo um animal.
Refleti muito sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor.
Tive então de escolher outra profissão e aprendi a pilotar aviões. Voei por quase todas as regiões do mundo.
Desta forma, ao longo da vida, tive vários contatos com muita gente séria. Convivi com pessoas grandes.
Vivi, portanto, só, sem amigo com quem pudesse realmente conversar, até o dia, cerca de seis anos atrás, em que tive uma pane no deserto do Saara. Alguma coisa se quebrara no motor.
Na primeira noite adormeci sobre a areia, a milhas e milhas de qualquer terra habitada. Imaginem então a minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
- Por favor... Desenha-me um carneiro!
- O quê?
- Desenha-me um carneiro...
Levantei-me num salto, como se tivesse sido atingido por um raio. Olhei ao meu redor. E vi aquele homenzinho extraordinário que me observava seriamente. Quando finalmente consegui falar, perguntei-lhe:
- Mas...Que fazes aqui?
E ele repetiu-me então, lentamente, como se estivesse