Resumo Cap.I da Obra Ensaios de Antropologia e de Direito

1706 palavras 7 páginas
INTRODUÇÃO

A Antropologia constitui disciplina em meio aos problemas encontrados na Europa do século XIX e tinha como intuito expor as diferenças das diversas sociedades, tendo como base inicial para isso, os relatos dos viajantes, missionários, administradores coloniais, etc., e só depois vieram a contar com os relatos diretos advindos dos trabalhos de campo de profissionais especializados. Questionamentos que objetivavam obter informações sobre o que, como e por que comparar foram sendo sistematizados, constituindo hoje, parte da disciplina.
Foi levantado um problema quanto à prática sistemática da comparação, suspeitando da incapacidade de se introduzir convenientemente o “Outro”, fazendo surgir uma consciência crítica a respeito da
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A partir do estudo de campo feito por especialistas, se torna possível a constituição da Antropologia como um saber social legítimo, uma vez que serão feitas observações diretas do “Outro”, passando a reconhecer as funcionalidade e a interdependência dos fatos sociais através da compreensão da inter-relação dos fenômenos sociais , que não podem ser estudados separadamente. O direito, além de ser um agente de controle social, é um reprodutor da ordem social que é definida.
A especificidade trabalhada pela Antropologia inibe a generalização das sociedades, uma vez que nas raízes antropológicas está presente a dominação política dessas sociedades, que é preciso melhor conhecer para melhor controlar, como se a invenção dessas sociedades como objetos de conhecimento já não se revelasse um domínio sobre tais. Segundo Kant, “o “Outro” resgata sua identidade a custa de uma diferença irredutível que nada nos pode ensinar”.
O aprofundamento do método comparativo leva a outros caminhos o problema da diversidade, onde o processo de constituinte do saber é sempre um segmento d

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