Resenha transamerica
Filme: Transamerica
Dirigido por: Duncan Tucker
O filme Transamérica narra a historia de uma transexual chamada Bree que uma semana antes de realizar uma operação cirúrgica de mudança de sexo descobre ter um filho adolescente, Toby, fruto de uma relação sexual “quase lésbica” que ela havia tido na faculdade enquanto usava o nome Stanley. Toby precisava de ajuda, pois havia sido preso em Nova York e também procura conhecer o pai biológico. Bree incentivada/obrigada por sua psicóloga vai ao encontro do garoto e eles partem em uma viagem de carro para atravessar o país rumo a Los Angeles, onde Bree faria sua cirurgia.
Ao longo do filme alguns aspectos já estudados na disciplina de gênero, referencia didática deste pequeno trabalho, tornam-se muito claros e fluidos. Percebemos quase que imediatamente o fato de que na sociedade heteronormativa em que vivemos, associamos sempre o sexo biológico do individuo com sua identidade sexual ou de gênero. É a verdade biologizada do normal e aquilo que foge desse padrão é tratado como desvio/perversão, há uma tentativa de padronização da anormalidade. De acordo com Weeks em seu artigo O corpo e a sexualidade:
“embora o corpo biológico seja o local da sexualidade a sexualidade é mais do que simplesmente o corpo.[...] A sexualidade tem tanto a ver com nossas crenças, ideologias e imaginações quanto com nosso corpo físico. [...] A sexualidade deve ser analisada como um fenômeno social e histórico.”
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