Resenha escrevendo na escola para a vida
Beth Marcuschi possui mestrado e doutorado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco. Realizou a graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é Professora adjunta do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco. Escreveu os livros Ensino de Gramática: reflexões sobre a língua portuguesa na escola, Ensino de língua portuguesa e literatura: políticas, práticas e projetos, Gêneros textuais: práticas de pesquisa e práticas de ensino.
Informa que produzir um texto não é só estar atento ás exigências que ele propõe mais também realizar diversas ações e produções no decorrer de sua elaboração. Para a …exibir mais conteúdo…
Anos 80: vários autores publicam que a redação é um não texto, mais por que eles tinham essa idéia? Porque para eles a redação escolar não obtinha características interlocutivas dos textos que circulavam fora da sala de aula, segundo eles era como um produto artificial. Sendo desse modo sugeriram que parassem de “fazer redações” e começassem a “produzir textos”, dessa maneira respeitava assim o processo que envolvia a escrita.
Ainda que as reflexões dos anos 80 apontassem para exploração da escrita de modo contextualizado, na escola não chegou a se concretizar, já que os aspectos formais foram mantidos.
De acordo com a autora, na segunda metade dos anos 90 o estudo dos gêneros textuais assumiu grande espaço no contexto escolar. De primeira estância predominou o interesse pela nomeação e classificação dos gêneros e depois a caracterização de seus aspectos denominados como fixos.
Autores como Schneuwly e Dolz (2004), Marcushi (2008), Miller (2009), Rojo (2008). Bazerman (2005) entre outros, destacaram com algumas divergências, a importância de se compreender os gêneros textuais em relação com as praticas sociais.
Os gêneros são vistos como dinâmicos e de expressiva plasticidade, exercem funções sociocognitivas no contexto das