Resenha do livro “A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina”

2954 palavras 12 páginas
RESENHA
STEPAN, N. L. A nova Genética e os Primórdios da Eugenia. In: . (Org). A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2005.
STEPAN, N. L. A Eugenia na América Latina: Origens e Ecologia Institucional. In: . (Org). A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2005.
O livro “A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina” está dividido em sete capítulos. Aqui será apresentado idéias da autora a partir do primeiro e segundo capítulo. No primeiro, a autora analisa "a nova genética e os primórdios da eugenia", que remontam ao final do século XIX. Onde em 1883, apesar de ser o ano em que surgiu o nome ‘eugenia’, dificilmente
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Liderado por intelectuais de diversos matizes, o movimento eugênico rapidamente se institucionalizou em vários países da região. A fundação da primeira sociedade brasileira de eugenia no início de 1918, e em alguns meses depois, a Sociedade Eugênica da Argentina, foram impulsionadas pelo sentimento nacionalista que tomou conta da América Latina no período imediatamente posterior à Primeira Guerra Mundial. Na segunda década do século XX, a pobreza e a deplorável saúde dos pobres haviam se cristalizado na consciência publica como uma questão nacional. O grupo que mais inquietava os médicos, os especialistas em saneamento e os reformadores brasileiros era, em sua maior parte, constituído por negros e mulatos. Nesse mesmo período, a pobreza, migração, imigração e desemprego ajudaram a levar o país a um período de radicalização política, protestos, interrupções de trabalhos e greves. Estes distúrbios culminaram, no Brasil, na primeira greve nacional, deflagrada em 1917, quando 40 mil trabalhadores pararam a cidade de São Paulo. Nesse mesmo ano, alguns médicos fizeram a primeira defesa formal da eugenia, ressaltando que ela se apresentava como um caminho médico suprapolítico capaz de aliviar as tensões sociais existentes no seio de uma população urbana em vertiginoso crescimento. Stepan destaca também a

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