Resenha - discurso da servidão voluntária, etienne de la boétie
1472 palavras
6 páginas
Pontifícia Universidade Católica de São PauloFaculdade de Direito
Filosofia II – prof. Jonnefer Barbosa
Renata Moreira de Toledo – MF2
Discurso da Servidão Voluntária, Etienne de La Boétie
O autor inicia o texto delimitando o tema, afastando uma possível alusão a formas corretas e desejáveis de governo, e pontuando o tratamento no entendimento das razões que levariam tantas nações, homens, cidades e burgos a se submeter ao poderio de um só homem, sendo este alguém a quem não deveriam temer nem tampouco amar, visto que é sozinho e cruel.
A submissão tratada no texto difere daquelas que são infligidas a povos que se viram subjugados à força, como no caso de Atenas e em outros períodos históricos. Nestes casos, convém lamentar o …exibir mais conteúdo…
Apesar de haver diferenças entre eles, sobretudo entre seus meios de chegar ao poder, quase sempre é semelhante a maneira de governar e tratar seus súditos: “Os eleitos os tratam como se tivessem pegado touros para domar; os conquistadores os consideram presa sua; os sucessores pensam tratá-los como seus escravos naturais”.
Se, a partir deste momento, surgisse um povo novo e lhe fosse dado escolher entre a sujeição e a liberdade, certamente escolheria esta última; salvo o povo de Israel, que deu a si mesmo um tirano deliberadamente, na ausência de coerções ou imposições.
É certo que os homens se sujeitam por coerção ou ilusão: “Forçados pelas armas estrangeiras, como Esparta ou Atenas pelas forças de Alexandre; ou pelas facções, como havia se tornado a Senhoria de Atenas nas mãos de Pisístrato. Por ilusão, eles muitas vezes perdem a liberdade; mas nisso não são enganados por outrem com a frequência com que são iludidos por si mesmos. Como o povo de Siracusa, principal cidade da Sicília (dizem-me que hoje se chama Saragoça), que, na iminência de guerras, reparando irrefletidamente apenas no perigo presente, elevou a tirano Dionísio Primeiro e encarregou-o de conduzir o exército; e não atinou que o havia engrandecido tanto que quando esse patife voltou vitorioso, fez-se de capitão rei, e de rei tirano, como se não tivesse vencido seus inimigos mas seus cidadãos”.
O povo, quando se sujeita, acostuma-se de