Resenha de A Democracia na América, livros 1 e 2 de Alexis Tocqueville

2234 palavras 9 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Resenha de A Democracia na América, livros 1 e 2 de Alexis Tocqueville

Rio de Janeiro
Março 2013
Para Tocqueville, no século de XIX, configuram-se dois tipos idéias de sociedades: a democrática e a aristocrática. Todavia, a tendência no Estado Moderno, no ocidente, seria a predominância do Estado democrático. Nesse caso, necessário se faz definir as características dessa sociedade. Com efeito, nas sociedades democráticas existe a predominância da mobilidade social; possibilidades de ascensão na hierarquia social; igualdade de oportunidades para todos e condições de se chegar ao poder político através do sufrágio universal. Nas sociedades aristocráticas, além da
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Ao considerar que a propriedade está relacionada com a apropriação do solo, Tocqueville acredita que os índios ocupavam, mas não possuíam a terra. A chegada dos europeus não causou grande impressão nos índios porque sua presença não deu lugar à inveja e ao medo, mas a ruína desses povos chegou com a noção de que ali deveria ser construída uma sociedade na qual seriam aplicadas novas teorias e práticas antes desconhecidas. Tocqueville diz que os povos, por mais que mudem ou evoluam seguem sempre tendo as marcas da sua origem e que, portanto, as características de seu nascimento influenciam todo o resto de sua existência. Devido à longevidade européia, a América foi o único local aonde foi possível assistir a esse nascimento. O fato dos emigrantes que construíram o país serem da Inglaterra trouxe conseqüências. Já que todos falavam a mesma língua, o país foi acometido por brigas de facções que então buscaram sua segurança na criação das leis, gerando educação política, noções de direito e princípios de liberdade, como instituições livres e soberania do povo. Ainda segundo Tocqueville devido ao fato de os emigrantes ou terem sido parte do povo, sem noções de superioridade, ou parte da nobreza, que rapidamente percebeu que o solo americano repelia a aristocracia territorial devido à sua configuração física, as colônias inglesas pareciam ser propícias ao desenvolvimento da liberdade, não da liberdade

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