Resenha Capítulo I - "As Veias Abertas da América Latina"
Introdução: Cento e vinte milhões de crianças no centro da tormenta.
A POBREZA DO HOMEM COMO RESULTADO DA RIQUEZA DA TERRA
Febre de ouro, febre de prata
“Quando Cristóvão Colombo se lançou a travessia dos grandes espaços vazios a oeste da Ecúmene, havia aceitado o desafio das lendas.” (p. 23)
“A América não só carecia de nome. Os noruegueses não sabiam que haviam descoberto há muito tempo, e o próprio Colombo morreu, depois de suas viagens, ainda convencido de que tinha chegado à Ásia pela rota do oeste. Em 1492, quando a bota espanhola pisou pela primeira vez as areias das Bahamas, o almirante acreditou que estas ilhas era m uma ponta da fabulosa ilha de Cipango: Japão. Colombo levava consigo um exemplar do livro de Marco Polo, coberto de anotações às margens das páginas. Os habitantes de Cipango, dizia Marco Polo, ‘possuem ouro em enorme abundância, e as minas onde o encontram não se esgotam jamais... Também há nessa ilha pérolas do mais puro do mais puro oriente em grande quantidade, são rosadas e de grande tamanho e superam em valor as pérolas brancas. ‘.” (p. 23)
“[...] Os Reis Católicos de Espanha decidiram financiar a aventura do acesso direto às fontes, para se libertarem da onerosa cadeia de intermediários e revendedores que açambarcavam o comércio das especiarias e plantas tropicais [...]. o desejo de metais preciosos, meio de pagamento para o tráfico comercial, impulsionou também a travessia dos mares malditos.