Praia da concha
Saída de campo do 10ºB (S. Pedro de Moel)
Paragem 1- Zona das piscinas
Introdução
À primeira vista, ninguém imagina a riqueza do registo fóssil contido nas formações sedimentares que afloram um pouco por todo o país.
As falésias e as arribas da nossa costa constituem importantes monumentos geológicos, fonte inesgotável de saber que, pouco a pouco, vão satisfazendo a curiosidade dos que as estudam e transmitindo informações preciosas para o conhecimento da História da Terra. É o que sucede com a região de S. Pedro de Moel, um dos locais emblemáticos de Portugal, onde se encontram afloramentos de grande interesse científico, pedagógico-didático e paisagístico.
Esta região está situada na Orla Meso-Cenozóica Ocidental Portuguesa (Bacia Lusitânia), apresentando dois contextos geológicos e geomorfológicos bem distintos: o Jurássico Inferior de S. Pedro de Moel e a cobertura Dunar
Recente.
O Jurássico de S. Pedro de Moel estende-se por cerca de 5 km e inclui sucessões de rochas carbonatadas, incluindo margas, margas gipsíferas e betuminosas, calcários margosos e bioclásticos. Estas séries estão frequentemente afetadas por falhas de orientação NW-SE, assumindo uma estrutura que tende a mergulhar para Ocidente, pertencendo ao bordo ocidental do diapiro de S. Pedro Moel (Um diapiro em geologia, é uma intrusão de material rochoso menos denso que a rocha encaixante, um processo conhecido como diapirismo). Estas formações correspondem a um