Plantas invasoras
Dalva M. Silva Matos
Vânia R. Pivello Quando discutimos o impacto que as plantas invasoras causam ao meio ambiente, um problema frequentemente encontrado diz respeito à definição de uma planta invasora. Essa confusão decorre das diversas abordagens acerca das plantas que crescem e se reproduzem rápida e intensamente nas comunidades, dispersando-se a grandes distâncias. Para os agricultores, essas espécies são as "pragas" ou "ervas-daninhas" (visão antropocêntrica); numa abordagem ecológica, são tidas como "colonizadoras" ou "pioneiras"; adicionando-se a questão biogeográfica, temos que essas espécies podem ser nativas (originárias da comunidade) ou exóticas (introduzidas a partir de outro ambiente) (1, 2, 3, 4). Podemos então definir espécies invasoras como sendo espécies exóticas com alta capacidade de crescimento, proliferação e dispersão, capazes de modificar a composição, estrutura ou função do ecossistema (3). Nessa definição, não se considera as espécies nativas que, por algum desequilíbrio ecológico, passam a crescer e se multiplicar descontroladamente, comportando-se como invasoras. A essas espécies pode-se atribuir o termo "superdominantes". Numa iniciativa de organizar a terminologia ligada aos processos de invasão de espécies vegetais, Richardson et al. (5) definem ainda outras categorias como se pode verificar abaixo. É importante ressaltar que uma