A década que compreendeu os anos de 2000 a 2010 foi marcada por grandes acontecimentos, como crises econômicas que afetaram países em diversos continentes, o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, que teve consequências em todo o mundo, oscilações cambiais, que interferiram no comportamento financeiro mundial e no Brasil, uma expectativa face à mudança política, seguida de consolidação e intensificação da atividade econômica e em contrapartida a quebra de empresas aéreas.
A trajetória da economia brasileira ao longo de 2000 foi de retomada do crescimento, com queda nas taxas de juros, a inflação estabilizada tendendo aos níveis internacionais, queda significativa do desemprego e o cumprimento do programa de ajuste fiscal acordado com o Fundo Monetário Internacional.
As variáveis que atuaram negativamente sobre a economia brasileira foram as provenientes do cenário externo, com fatores exógenos como a alta do preço do petróleo no mercado internacional, a queda das cotações do euro, que melhoraram a competitividade dos produtos europeus, a queda dos preços das principais commodities agrícolas e minerais que integram a pauta das exportações brasileiras, a crise Argentina e a desaceleração da economia americana.
O ritmo da atividade da economia foi bom ao longo de 2000, com o PIB brasileiro obtendo crescimento real de 4,2%, liderado pela expansão de 4,8% do setor industrial, impulsionada pela produção de bens de consumo durável e de capital e estimulada pelas