Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes_Capitulo II
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Capítulo II (1ª parte do desenvolvimento) – síntese das ideias: As 2 qualidades dos peixes mencionadas no início deste capítulo estabelecem um contraste com 2 defeitos humanos:
- «os peixes ouvem e não falam», donde se depreende que os homens falam demais e não ouvem os bons conselhos do pregador;
- seguidamente, Vieira informa que quer pregar com a mesma imparcialidade que Santo António usou nas suas pregações porque essa é a atitude que deve manifestar qualquer pregador digno desse nome: «Uma é louvar o bem, outra repreender o mal: louvar o bem para o conservar e repreender o mal para preservar dele.», isto é, o louvor das virtudes (humanas) influencia a continuidade das mesmas e a críticaaos vícios (humanos) leva a que quem os pratica se consciencialize dessa prática errada.
- Vieira justifica, com novos argumentos, o elogio das virtudes em geral dos peixes: foram os primeiros animais criados por Deus, são os animais mais numerosos e com maiores dimensões, são ordeiros, tranquilos e ouviram com atenção e devoção a mensagem de Santo António, contrariamente aos homens que a desprezaram «tão furiosos e obstinados».
Jonas, personagem do Antigo Testamento a quem Deus encarregou de cumprir uma missão, foi deitado ao mar pelos homens e salvo por uma baleia. os peixes vivem retirados do convívio com os humanos, facto que revela a sua sensatez pois são independentes e livres:
«Quanto mais longe dos homens, tanto melhor; trato e familiaridade com eles, Deus vos