Os Donos do Poder - Raymundo Faoro (Resumo dos capítulos XII e XV)

1424 palavras 6 páginas
A Conciliação, em 1853, e o progresso nos moldes europeus sufocaram, mas não aniquilaram a rebeldia liberal. Contra os levantes democráticos, a monarquia usou seu “remédio favorito, com sua eficiência secular”: a cooptação. O Estado onipresente no Brasil era evidenciado pelo Poder Moderador, outorgado na Constituição de 1824. Era o Estado como empresa do príncipe.
Ao ser criada, a Liga Progressista inicia o processo de solidificação do Liberalismo no Brasil, “descongelando as aspirações liberais e transformando-as em avalanche”. A Liga questiona a legitimidade das oligarquias brasileiras e o Poder Moderador a partir do princípio de que “o rei reina, e não governa”. Buscam a pureza democrática. Em 1862, assumem a administração, após uma longa Era de conservadorismo, alterando o rumo dos interesses do estamento.
Porém, ao serem alcançados pelos Conservadores, nas eleições para 1868, iniciam um movimento que culminaria na ruína do Império. Os Liberais Exaltados já não acatam mais o ponto de vista dos Liberais Moderados.
O episódio da aceitação e rápida exoneração de Caxias do cargo de chefia nas operações no Paraguai promovem uma cadeia de eventos jamais imaginada. A aceitação de um cargo liberal por um conservador demonstra como o estamento coopta os dissidentes. A queda do Ministério de Caxias e a consequente queda de Zacarias geram uma brusca e perigosa interrupção do Liberalismo.
A fusão dos Progressistas com os Liberais Históricos, algo impossível no passado, faz com

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