Obesidade, anorexia e bulimia
É certo que, em função da melhor resposta farmacológica os investimentos na área de obesidade são maiores (Cordás Rev Bras Psiquiatr 2001;23(4):178-9). Uma outra estatística aponta para o fato de os transtornos alimentares acometerem predominantemente pacientes jovens (12 a 25 anos) e do sexo feminino (90% dos casos, numa proporção de 10:1), especialmente aquelas pertencentes aos estratos sociais mais elevados destas sociedades, o que fortalece sua conexão com fatores socioculturais (Hsu, 1996 apud Morgan et al.). Destes pacientes, aqueles envolvidos em atividades que exigem manutenção da forma física, apresentam maior risco para o desenvolvimento desses quadros (APA, 1994, apud AZEVEDO, M.C. ). As taxas de mortalidade variam entre 4 e 20% (Herzog et al.,,1988; Sullivan, 1995, apud AZEVEDO, M.C.). Entretanto é de salutar importância considerar cautelosamente informações sobre o aumento da incidência dos transtornos alimentares. Fatores como desenvolvimento do conhecimento nesta área e intensa divulgação do assunto podem ter levado não só a um maior reconhecimento dos casos como também a uma maior utilização de serviços especializados, causando um aumento apenas aparente das taxas de incidência (Lucas, 1992 apud Morgan et al.). Contudo, é certo que de um modo geral,