O renascimento - de panofsky (resenha)

990 palavras 4 páginas
A arte tem como papel ser uma imitação da realidade. Nos ateliês da Idade Média havia uma preocupação em representar a natureza de um modo mais “apropriado” como uma iluminação mais apropriada, entre outras modificações ou retoques julgados necessários pelo artista. Com o inicio do Renascimento vem essa “semelhança com a natureza” à uma arte “antiquada, puerilmente extraviada da realidade da natureza”. Leonardo da Vinci estabelece que “a pintura mais digna de elogio é a que apresenta maior semelhança com a coisa que quer pintar, e digo isso para refutar os pintores que querem corrigir as coisas da natureza”. Outra ideia também aparece: a de um triunfo da arte sobre a natureza, graças à “imaginação”, cuja liberdade de criar pode …exibir mais conteúdo…

Essa era a definição da beleza que Plotino combatia com maior vigor por ela apreender apenas os sinais exteriores mas não o princípio nem o sentido íntimo da beleza, foi Alberti que contribuiu para fazê-la triunfar por muito tempo: “A harmonia das partes entre si e com o todo, ligada à combinação de cor”, pela primeira vez distendiam-se os vínculos que desde a Antiguidade nunca se haviam afrouxado, entre o “belo” e o “bem”. Segundo as concepções da “Academia platônica”, as Ideias são realidades metafísicas: elas existem como “verdadeiras substâncias”, ao passo que as coisas terrestres são simplesmente suas “imagens”. Provém do fogo, isto é, de Deus que brilha ou cintila. Por essas centelhas ele representa as Ideias. Também a Ideia do belo está impressa em nosso espírito como uma “fórmula”. A ideia do belo escapa ao espírito inexperiente e mesmo os mais versados dificilmente são difíceis de reconhecê-la, significa que a teoria do Renascimento transformara o sentido de Ideia, podendo conciliar-se com esse mesmo credo, e até reforçá-lo. Em tudo o que concerne ao corpo dos homens e dos animais, mas também às plantas e às edificações, às pinturas e às

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