“O estado e os problemas contemporâneos”
No conceito de Keynesianismo temos que o emprego resulta do dinamismo da economia como um todo, ou seja, o Estado deveria fazer investimentos públicos na produção para garantir o pleno emprego, de modo que, se todos trabalhassem haveria renda para que todos consumissem assim ficaria criado um circulo virtuoso entre produção e consumo, que garantiria o funcionalismo do capitalismo e …exibir mais conteúdo…
Ocorreu o surgimento de instituições supranacionais voltadas para a redução das barreiras entre as trocas internacionais de bens e serviços, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), que levou o mercado financeiro a se descolar das economias reais, ocasionando a “desterritorialização” do capital financeiro e sua predominância sobre o capital produtivo. Tudo isso gerou uma significativa perda de soberania dos Estados nacionais, no que toca à sua capacidade para implementar políticas econômicas e sociais. Para enfrentar a volatilidade do capital, a saída apontada a partir do campo conservador (neoliberal) foi o corte de gastos do Estado. O Estado de Bem-Estar Social passou a ser visto como oneroso, inflacionário e inimigo do crescimento econômico. Caberia, assim, suprimi-lo ou reduzi-lo ao mínimo, transferindo-se a prestação de serviços sociais – de saúde, educação, habitação, previdência social – para os agentes privados, com financiamento dos próprios usuários. Nas palavras de Standing (1999), a era da regulação pelo Estado (ou, da regulação estatutária) foi então substituída pela era da regulação pelo mercado. Isto significou, entre outras coisas, a passagem de uma sociedade estável para a classe trabalhadora – sustentada pelo pleno
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emprego, pelo consumo de massa e pelos direitos do trabalho – para outra, marcada pela flexibilidade e a insegurança. Desta forma, a resposta dos governos nos últimos anos do século XX e início deste, inclusive