O diabo veste prata
Esses dias assisti mais uma vez o filme "O diabo veste Prada", filme que conta a história de uma jovem jornalista, Andrea (vivida por Anne Hathaway), que é contratada para ser assistente da poderosa editora-chefe da Runaway Magazine, Miranda Priestly (vivida por Meryl Streep). Miranda passa o tempo todo submetendo e humilhando todos que a rodeiam, e impõe à Andrea tarefas quase impossíveis, mas que a jovem aos poucos consegue realizá-las. No decorrer do filme, ninguém fica imune aos pedidos estapafúrdios da "tirana", e ficamos o tempo todo torcendo para que Andrea consiga se desvencilhar dessa situação.
Depois fiquei pensando, pois muitos funcionários vivem com chefes assim: Que colocam suas prioridades em primeiro lugar, se acham insubstituíveis e acreditam que o mundo gira ao seu redor. E mesmo incomodados, muitos sucumbem a essas exigências para garantir seu emprego, assim como a mocinha do filme. Mas se observarmos nas entrelinhas, veremos que no fundo não é simplesmente a manutenção do emprego que é o fator motivador. A personagem central deixa claro que sua motivação é conquistar a confiança de sua chefe, e isso vira uma questão de honra. Além disso, é uma motivação pessoal vencer o desafio de cumprir as tarefas quase impossíveis impostas por sua chefe. Por mais "desalmado" que seja o chefe, temos que admitir que algumas pessoas gostam desse tipo de estímulo, seja para provar que são capazes, seja para provar que possuem competências que