Micotoxinas
INTRODUÇÃO
Os fungos são microrganismos presentes em todos os lugares, como ar, solo, água e alimentos. Apesar do número expressivo de espécies, existem algumas que podem produzir metabólitos tóxicos quando estão se multiplicando nos alimentos como frutas, cereais e sementes. Estes metabólitos são conhecidos genericamente como micotoxinas e “correspondem a produtos metabólitos secundários que, quando ingeridos com os alimentos, causam alterações biológicas prejudiciais tanto no homem como nos animais” (FRANCO pag 74).
A história das micotoxinas começa quando houve um surto de mortes de aves no Reino Unido, em 1960. Após pesquisarem o que estava causando este surto, concluíram que o problema estava na ração que havia sido produzida com amendoim vindo da África e do Brasil. O amendoim estava contaminado com uma substancia produzida pelo fungo Aspergillus flavus. Da expressão A. flavus toxin, surgiu a palavra aflatoxina, ou seja, descobriu-se um tipo de micotoxina.
Pesquisas subseqüentes encontraram outros fungos também produtores e outros tipos de micotoxinas. Atualmente, conhece-se aproximadamente 17 tipos de aflatoxinas e mais de 400 tipos de micotoxinas. As principais aflatoxinas são B1, G1, B2 e G2, sendo que a aflatoxina B1 (AFB1) “é considerada o agente natural mais carcinogênico que se conhece” (FOOD INGREDIENTES BRASIL nº7), principalmente de câncer hepático, onde “atuam como iniciadoras do processo cancerígeno” (OLIVEIRA 1997).
O homem pode ser