Menino de engenho - personagens

2306 palavras 10 páginas
Karen - Carlinhos: é o narrador do romance, o protagonista. Órfão aos quatro anos tornou-se um menino melancólico, solitário e bastante introspectivo. De sexualidade exacerbada, mantém, aos doze anos, a sua primeira relação sexual, contraindo a “doença-do-mundo” – a popular gonorréia. Morava em Recife, antes de ir para o Engenho Santa Rosa, o qual ficou por oito anos. O engenho passou a ser tudo para ele. Apesar de Tia Maria cuidar dele como mãe, não davam-lhe notícias a respeito do pai. A solidão, para o menino, deixava falar o que ele guardava por dentro: as preocupações, os medos, os sonhos.
(ler os slides abaixo) “Era um menino triste. Gostava de saltar com meus primos e fazer tudo o que eles faziam. Metia-me com os moleques por
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“Ainda me lembro de meu pai. Era um homem alto e bonito, com uns olhos grandes e um bigode preto. Sempre que estava comigo, era a me beijar, a me contar histórias, a me fazer os gostos. Tudo dele era pra mim”
“Eu o amava porque o que eu queria fazer, ele consentia, e brincava comigo no chão como um menino de minha idade. Depois é que vim a saber muita coisa a seu respeito: que era um temperamento excitado, um nervoso, para quem a vida só tivera o seu lado amargo. A sua história, que mais tarde conheci, era a de um arrebatado pelas paixões, a de um coração sensível demais ás suas mágoas.”
Luísa - Tio Juca: não chega a representar um papel de destaque no romance. Por ser filho do senhor de engenho, fazia e desfazia (sobretudo sexo com as mulatas), mas não era punido. De certa forma, representa o papel de pai de Carlinhos.
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“Tio Juca me levou para tomar banho no rio. Com uma toalha no pescoço e um copo grande na mão, chamou-me para o banho.”
“O quarto do meu tio Juca vivia trancado de chave o dia inteiro. Ali só entrava a negra que lhe fazia limpeza e mudava as roupas da cama. Mas quando aos domingos descansava na sua grande rede do Ceará, de varandas arrastando o chão, eu ia ter com ele. O meu tio me punha ao seu lado, fazia brincadeiras comigo. Era o único sobrinho com que se dava de intimidade.”
Malena - Tia Maria:

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