Meio ambiente e comércio exterior – problema ou solução
Contudo, em razão também de uma crescente preocupação com as questões econômicas e políticas locais, essas mesmas ações ditas ecológicas que podem, em certos casos, ser facilmente classificadas com protecionistas. Como bem alertado por AUGUSTA (2011), “verifica-se que tal preocupação, às vezes, vestida de "lobo em forma de cordeiro", deve ser bem avaliada de forma a não deixar que medidas restritivas e revestidas de um extremo cuidado com o meio ambiente tornem-se um instrumento perigoso nas mãos dos governantes”. Tais medidas englobam o chamado ecoprotecionismo – barreiras não-tarifárias, barreiras técnicas, medidas ecodumping, etc. (AZEVEDO, 2010; CASTRO, 2003). Outro ponto fundamental na discussão da relação comércio e meio ambiente é a questão relativa aos subsídios. Como relatado por CASTRO (2003) “As políticas de subsídios promovem o incremento da produção interna e reduzem as possíveis importações, desviando o comércio em terceiros mercados em detrimento de exportações mais competitivas de outros países que não praticam os subsídios”. Além disso, ao subsidiarem suas produções e venderem os excedentes a preços ínfimos – abaixo do custo de produção, acabam por deturpando o mercado obrigando os países em desenvolvimento a buscarem cada vez menores custos, aumentando a pressão sobre o meio ambiente (CASTRO, 2003). “É uma vergonha o fato dos países desenvolvidos