Livro o tronco do ipê

1811 palavras 8 páginas
José de Alencar

O Tronco do Ipê

O Tronco do Ipê, narra a história de um amor envolvido em mistérios, à sombra de um crime. A obra retrata também a decadência da região do Café no Rio de Janeiro do século XIX.
Conta a história envolvida instigantemente pelo tronco do Ipê, que se passa na fazenda Nossa Senhora do Boqueirão, interior fluminense, onde é apresentada uma faceta da problemática da sociedade rural na década de 1850.

* Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a decadência da fazenda. Bem próximo, numa cabana, mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro, que guarda o segredo da família. O jovem Mário suspeita que seu pai foi assassinado e vive oprimido por esse
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O romance tem uma homologia estrutural que aponta os elementos da natureza – tronco do ipê e boqueirão – como elementos principais da trama, em atuação e interação juntamente às personagens. Em partículas, o boqueirão (que pode ser considerado o “motivo central” da história), vai gerando a vida da fazenda ao longo das margens do Rio Paraíba – sua “garganta aberta”, seu torvelinho, constitui o mistério das tragédias das vidas que submergiam nas suas águas insaciáveis para serem sepultadas sob o tronco do “frondoso ipê”. Nota-se, pois, que o funcionamento desse “motivo central” – o boqueirão, e a homologia (identidade) de sua aplicação consolidam a própria estrutura do romance, de forma que pode se considerar:
Sobre os personagens, pode-se dizer que em “O tronco do Ipê”, de uma maneira geral, as personagens retratam a sociedade brasileira sob uma visão bem típica do Romantismo. Através dos protagonistas Mário (o adolescente-herói, individualista, egocêntrico e solitário), e Alice (a virgem símbolo da candura, modelo de beleza romântica); bem como o antagonista Joaquim de Freitas (Barão da Espera, personagem ladino, frio, calculista, símbolo do engano, mas que ao final da narrativa se redime), e os demais personagens como Pai Benedito (o “feiticeiro”, personagem místico, que tudo presencia tudo vê, tudo sabe), entre outros personagens, tem-se o perfil do homem

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