Lembranças do bairro Santa Isabel em Viamão-Entrevista com moradora desde 1957

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Entrevista com Jane Brandão de Almeida, moradora do bairro Santa Isabel desde 1957. Você é natural de Viamão?
Não, nasci em Porto Alegre e meus pais se mudaram para a Santa Isabel em dezembro de 1957, quando fiz um ano. Antes, morávamos em Porto Alegre, cidade da minha mãe, e meu pai é natural de Osório.

Tens lembrança do bairro onde criaste?

Sim, por exemplo, quando eu era criança, a Avenida Liberdade era de chão batido, não tinha calçamento nas ruas, havia apenas um táxi e o ônibus não entrava na Vila, os passageiros desciam na parada 32 e iam para suas casas à pé. Com meus três anos, mais ou menos, foi que os ônibus começaram a entrar, e assim mesmo com poucos horários, um pela manhã para ir ao Centro de Porto Alegre e um a tarde para voltar. Com meus 7 ou 8 anos foi que implantaram mais horários.
A água era de poço, a encanada era muito fraca e não tinha força para subir nos canos das casas mais altas nas ruas, como era o caso da minha, e vinham das bicas que existem até hoje na Santa Isabel.
A luz também era muito fraca, tão fraca que tínhamos que usar um lampião a querosene, à noite, pois o bairro estava sendo povoado muito rapidamente. Onde hoje é o supermercado Rissul, era o Cinema Avenida e ao lado onde tem uma farmácia foi nosso primeiro posto de saúde. A paróquia da Santa Isabel era de madeira, e nosso padre se chamava Guilherme. A sede da Sogisi, também era de madeira e a Avenida Liberdade ia até a vila Monte Castelo, na garagem velha. Dali

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