Historia da Infância em Goiás sec XIII E XIX
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VALDEZ, Diane. História da Infância em Goiás séculos XVIII e XIX. Goiânia: Alternativa, 2003Filhos do pecado, filhos legítimos, moleques e curumins: os filhos de famílias goianas.
De acordo com o autor Valdez, as crianças nasciam em Goiás e outras partes do Brasil, filhos de mães solteiras, ou de relacionamento fora do casamento, eram consideradas pela Igreja Católica como filhos do pecado.
As crianças eram conhecidas como “filhos das concubinas” (nome dado às mulheres que não eram casadas na igreja”), e os filhos nascidos de relações ilícitas ( filhos de padres, prostitutas, adultérios...) esses eram considerados “ilegítimos”.
Considerados alvos da imoralidade, pela Igreja, tanto, para a legislação Portuguesa vigente no …exibir mais conteúdo…
Adoção dos curumins, no final do século XVIII, deu se por incentivo do Governador Dom José de Almeida, para que famílias recebessem as mesmas, para que elas fossem educadas em lares da Capital Goiana.
Após o desativo das rodas dos expostos, foram implantadas em Goiás na década de 70 do século XIX, colégios para poder receber essas crianças, com a intenção de formá-los para a moral e o trabalho, essas instituições (Colégios) atendiam meninos e meninas, separadamente, cada qual com uma finalidade específica: para os meninos era implantada a pedagogia militar; as meninas recebiam uma atenção especial, porque elas eram mais vulneráveis a uma “vida devassa e escandalosa”.
Mas essas instituições tornaram-se impopular devido as regras rígidas e castigos que era dadas a essas crianças e adolescentes. Então foram implantadas as “Colônias Agrícolas”, sob regime de internato e sob total controle eram mantidas as crianças. Nessas colônias as crianças eram alfabetizadas, e eram ensinadas a seguir uma doutrina cristã.
“Com base nesses dados, verifica-se que o atendimento aos frutos da terra”, que não cresceram sob os olhos das mães que os geraram, era diferenciado, porem o eixo norteador se encontrava nos preceitos religiosos e morais. Goiás deixou-se envolver pelo espírito cristão e civilizador, tomando para si os rebentos rejeitados, tomados ou internados. Não foi característica marcante da Província o abandono, mas, pelos registros, evidencia-se uma educação