História psicologia organizacional
Uma História de Desafios
Como surgiu a Psicologia Organizacional e do Trabalho e para onde ela caminha
Publicado em Panorama – Ciência e Profissão – Diálogos – n.5 – Dezembro 2007 (p.24-7)
Nos dicionários, o trabalho é concebido como um conjunto de atividades exercidas pelo homem – seja na produção, gestão ou transformação dos recursos da vida em sociedade – em busca de um determinado fim . Mas suas implicações vão muito além disso. Ele tem uma conotação existencial na medida em que os indivíduos se sentem produtivos por terem uma função, um emprego, uma rotina corporativa. É também fator de inclusão social, de reconhecimento pessoal. As relações entre o homem e o mundo do trabalho estão no …exibir mais conteúdo…
Enfim, Mayo percebeu que os fatores psicológicos e subjetivos tinham mais importância do que os fisiológicos. Iniciou-se um período novo no universo do trabalho, em que a produtividade estava também associada à interioridade do indivíduo, à sua coleção de valores e, principalmente, a seu desejo de aceitação, de pertencer harmonicamente a um grupo.
No final dos anos 50, Douglas McGregor, professor do MIT Sloan School of Management, analisou comparativamente essas dimensões da subjetividade ao apresentar análises de duas teorias, a X e a Y (8), existentes no campo da gestão de pessoas. McGregor afirmou que os estilos de administração dependem das visões que os gestores têm do comportamento das pessoas na esfera da produção. A teoria X funda-se na certeza de que o homem é, desde sempre, preguiçoso, desobediente, desprovido de ambições e, quando possível, avesso a responsabilidades. Nesse caso, os trabalhadores precisam ser controlados, vigiados e, quando necessário, penalizados. A Y, entretanto, in dica que, de acordo com o ambiente, o trabalhador pode ser intra-empreendedor, criativo, disciplinado e auto-orientado para atingir os objetivos da empresa, muitas vezes assumindo espontaneamente responsabilidades.
McGregor destacou que o atendimento de uma necessidade básica gera um efeito que logo desaparece. Uma efetiva prática motivadora, portanto, dependeria de intervenções na esfera da subjetividade, como o reconhecimento do