Hiperglobalistas

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Hiperglobalistas - Céticos -Transformacionistas Para os autores comumente classificados como representantes de uma corrente hiperglobalista, (Ohmae, 1990; Edwards - apud Araújo: 2001;), a globalização é algo novo e potencialmente revolucionário, pois a partir da crescente influência exercida pelas empresas multinacionais e pelos mercados cada vez mais integrados, diferentes países estariam sendo levados a se adequarem a um padrão mundial de produção e gestão da política econômica. Tal processo conduziria a uma homogeneização dos modos de produção e condução macroeconômica no mundo, condicionados pelas práticas fomentadas pelas empresas com unidades produtivas em diferentes partes do globo e pelo surgimento de um mercado global, bem …exibir mais conteúdo…

Mas ainda assim, trata-se de um fenômeno revolucionário, capaz de alterar as lógicas políticas e econômicas pré-existentes, ao contrário do que pensam os mais céticos. A questão envolveria uma transformação “qualitativa” do antigo fenômeno da internacionalização, que levaria a uma maior interdependência entre diferentes regiões e países. No entanto, esta crescente “interdependência” tornaria a globalização um fenômeno de caráter contraditório, ao passo em que características locais (culturais, sociais, econômicas) seriam realçadas e valorizadas, ao mesmo tempo em que passariam a enfrentar os constrangimentos trazidos por elementos externos cada vez mais presentes. O resultado desta interação seria incerto, e não teria seu sentido pré-definido por nenhuma grande tendência global. Assim como Giddens, outros autores encaram a globalização a partir de uma visão “transformacionista”, tanto no sentido de que ela representa em si uma grande transformação, quanto no de que ela pode sofrer transformações a partir da interação entre os envolvidos.Além das três correntes já apresentadas (hiperglobalistas, céticos e transformacionistas), devemos também mencionar uma abordagem crítica alternativa, (Hay e Marsh, 2000) que apesar de não adotar a mesma postura cética diante da globalização, acredita que seu conteúdo é determinado por ações locais. No entanto, estas ações locais estariam

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