Fichamento texto claudia mônica santos na pratica a teoria é outra?

2701 palavras 11 páginas
1.1 TEORIA E PRÁTICA NO MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO

Marx e Engels(1984) concretizaram a concepção do homem como ser ativo e criador – prático – que transforma o mundo, porém, não só em sua consciência, mas também, praticamente, realmente. Tais concepções estão explícitas textualmente desde o jovem Marx em várias passagens de suas obras, como, por exemplo, Pag.: 15, 1º parágrafo

[....] portanto o caráter social é o caráter geral do movimento inteiro; assim como a sociedade mesma produz o homem como homem, assim ela também é produzida por ele.
(Marx:1984, pg148 - grifo do original).

[.....}filósofos, meio-filósofos e beletristas alemães apossaram-se avidamente desta literatura, esquecendo apenas que, com a importação
…exibir mais conteúdo…

Pag.: 18, 3º parágrafo
Lefebvre (1977) corrobora com essas reflexões afirmando que no método de investigação de Marx apossar-se do real é ir para além do imediato, do sensível, para que se possa alcançar conhecimentos mediatos – que são pensamentos e idéias – através da inteligência e da razão. Parte-se do sensível, do empírico, para superá-lo. As idéias devem ser situadas no real, o qual se constitui dos produtos da ação prática dos homens, por isso, penetrar no real é Pag.: 18, 4º parágrafo

atingir pelo pensamento um conjunto cada vez mais amplo de relações, de detalhes, de elementos, de particularidades, captadas numa totalidade.
Esse conjunto, essa totalidade, por outro lado, jamais podem coincidir com a totalidade do real, com o mundo. O ato do pensamento destaca da totalidade do real, mediante um recorte real ou “ideal”, aquilo que é corretamente chamado de um “objeto de pensamento”. Um tal produto abstrato do pensamento não apresenta nada mais misterioso que um produto da ação prática (Lefebvre, 1979, pg.112).

Superar a aparência é o que torna a ciência necessária e a justifica, como afirma Marx (1984:444) em carta a L. Kugelmann, em 1868:

e então o economista vulgar crê fazer uma grande descoberta quando, frente à revelação das conexões internas, alardeia que na aparência as coisas se apresentam de outro modo. De fato alardeia que ele permanece aferrado às aparências e as toma como instância última.

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