1. FICHAMENTO “ÉDIPO ­ Infeliz! Sem suspeitar temo ter lançado contra mim mesmo, há pouco, estranhas maldições.
JOCASTA ­ Que dizes, senhor? Estremeço em teu olhar!
ÉDIPO ­ Perco terrivelmente o ânimo ante a ideia de que o adivinho viu muito claro.
Acabarás de me provar isso dizendo mais uma coisa.
JOCASTA ­ Estou com medo também; mas diz o que queres saber e te responderei.“ (p. 54) Neste trecho vemos claramente o medo que Édipo sente pela possibilidade da profecia dita por Tirésias esteja correta. O medo é uma sensação natural de qualquer ser humano, nada mais normal que qualquer pessoa na situação de Édipo sinta medo de que seu destino tenha se realizado contra sua vontade. “ÉDIPO ­ Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR ­ Foi ela, senhor.
ÉDIPO ­ Com que intenção?
O SERVIDOR ­ Para que eu a matasse.
[...]
ÉDIPO ­ Mas porquê tu entregaste a este homem?
O SERVIDOR ­ Tive piedade dela. Acreditei que ele o levaria ao país de onde vinha.
Ele te salvou a vida, mas para os piores males! se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.” (p. 83­84) Neste trecho vemos o receio do servo de Laio, que com pena de matar o bebe decidiu dar­ló a Corintio.
Neste caso vemos que o servo temia as consequências que a morte do bebe teria para ele se fosse mata­ló. Isso é bastante