Exu Calunga
Cadê minha galinha carijó.
Já deu meia noite
E o tempo tá passando.
É o exú Calunga
Que tá chegando.
(CALUNGA)
Pega essa boi vermelho, Calunga.
E amarra na porteira, Calunga.
Que é pra tirar o couro, Calunga.
Pra te fazer pandeiro, Calunga.
(CALUNGA)
Sou exú, trabalho no canto,
Quando canto desmancho quebranto.
Sete cordas tem minha viola,
Vou na gira de lenço e cartola.
Viola é tridente, cigarro é charuto, bebida é marafo.
Sou Sete da Lira, derrubo inimigo.
Ponteiro de aço.
(SETE DA LIRA)
Abre a roda, deixa a Padilha trabalhar;
Abre a roda, deixa a Padilha trabalhar.
Ela tem peito de aço, ela tem peito de aço
E coração de Sabiá.
Ela tem peito de aço, ela tem peito de aço
E coração de Sabiá.
(MARIA PADILHA)
Abre essa cova eu quero ver tremer,
Abre essa cova eu quero ver balancear.
Abre essa cova eu quero ver tremer,
Abre essa cova eu quero ver balancear.
Maria Padilha das almas,
O cemitério é o seu lugar.
É no buraco que a Padilha mora,
É lá na Lomba que a Padilha vai girar.
É no buraco que a Padilha mora,
É lá na Lomba que a Padilha vai girar.
(MARIA PADILHA DAS ALMAS)
Mas ela é a Maria Padilha,
Mulher da máfia de Lúcifer.
Mas ela brilha na noite escura,
Seu feitiço tá na ponta do seu garfo,
Tá debaixo do seu pé.
Me chamam de Leviana,
E ate mesmo mulher de Cabaré.
Mas a língua do povo não tem osso,
Então deixa esse povo falar.
Mas a língua do povo não tem osso,
Então deixa esse povo falar.
(MARIA PADILHA)