Dislexia: estudo de caso 2012
6312 palavras
26 páginas
Introdução As dificuldades na leitura e na escrita são uma realidade com que os professores se defrontam no dia-a-dia nas salas de aula. O erro existe, aliás é na tentativa-erro que conseguimos chegar ao conhecimento. No entanto há alunos cujo percurso de aprendizagem é mais lento. A forma de o atenuar é darmos a possibilidade do que não é igual poder coexistir. Aliás, segundo Pierre Tap (1996) não é no diferente que está o erro, mas no considerar-se o diferente um erro. A normalidade, essa suprema miragem, é errante, porque é una. A humanidade, pelo contrário, é plural e por isso só se afirma na diversidade. Tem-se verificado uma fobia por tudo o que fuja ao que é considerado normalidade. Esta obsessão pela estandardização e a falta de conhecimento leva até alguns a quererem anular as diferenças individuais. As diferenças existem e ao ignorarmo-las só as vamos acentuar.
Tem de se romper com “o modelo instrutivo e transmissor, com as escolas tradicionais onde as crianças diferentes não encontram as condições mínimas para o seu progresso” (Jímenez, 1997, p.21) e abrir portas para uma escola inclusiva em que é possível encontrar repostas para todos “sem prejudicar os outros, mas muito pelo contrário, beneficiando todos os alunos em geral, por tudo o que traz de mudança e renovação e pelos novos recursos e serviços com que podem contar” (Jímenez,1997, p.21). Foi-me proposto um trabalho referente às dificuldades na leitura e na escrita tendo escolhido a dislexia.