Conciencia mitica
A queda de Icaro.
Peter Paul Rubens, (1636-1638).
Esta tela do pintor flamengo Peter Paul Rubens faz menção a Ícaro, personagem mítico. Segundo uma das versões do mito grego, Dédalo e seu filho Ícaro estavam presos no labirinto de Creta, como castigo por ter ajudado Teseu a encontrar o Minotauro e matá-lo, Assim relata Pierre Grimal: "Dédalo, a quem não faltavam recursos, fabricou para Ícaro e para si mesmo umas asas que colou com cera aos seus ombros e aos do filho. Em seguida, ambos levantaram voo. Antes de partir, Dédalo recomendara a Ícaro que não voasse nem muito baixo nem muito alto. Ícaro, porém, orgulhoso, não deu ouvidos aos conselhos do pai e elevou-se nos ares, aproximando-se tanto do Sol que a …exibir mais conteúdo…
Observe o traço fino, a de1i.cadeza dos gestos - o índio mais parece um bailarino - e a moça, que se deixa levar sem resistência. Ao fundo, a lua emoldura o casal.
O boto é um mamífero cetáceo comum nas águas do Rio Amazonas. Segundo a lenda do Boto-Cor-de-Rosa, à noite ele emerge do rio e se transforma em um belo e irresistível homem que seduz as moças e as engravida. As mães advertem as fi.1has para o perigo que ele representa. Tal como na proposta de Rego Monteiro, podemos nos perguntar: o que esse mito tem a nos dizer hoje? o boto. Vicente do Rego Monteiro, 1921.
No entanto, o mito é mais complexo e muito mais expressivo e rico do que supomos quando apenas o tomamos como o relato frio de lendas desligadas do ambiente que as fez surgir.
Não só os povos tribais ou as civilizações antigas elaboram mitos. A consciência mítica persiste em todos os tempos e culturas como componente indissociável da maneira humana de compreender e sobretudo sentir a realidade, como veremos adiante.
O que é mito?
Como processo de compreensão da realidade, o mito não é lenda, pura fantasia, mas verdade. Quando pensamos em verdade, é comum nos referirmos à coerência lógica, garantida pelo rigor da argumentação e pela apresentação de provas. A verdade do mito, porém, resulta de uma intuição compreensiva da realidade, cujas raízes se fundam na emoção e na afetividade. Nesse sentido, antes de interpretar o mundo