Como as Plantas Reagem ao Estresse Hídrico
A disponibilidade hídrica é considerada o fator climático de maior efeito sobre a produtividade agrícola, sendo o fator que rege a distribuição das espécies nas diferentes zonas climáticas do globo (TURNER; JONES, 1980;
KRAMER; BOYER, 1995). Desse modo, a ocorrência da deficiência hídrica limita o crescimento e rendimento das culturas, pois em resposta a esta condição os vegetais fecham os estômatos resultando em redução na absorção de CO2 e, consequentemente, da fotossíntese (STRECK, 2004).
Apesar de existirem muitos estudos no sentido de compreender como as plantas reagem ao estresse hídrico, segundo STRECK (2004) o sinal que desencadeia o fechamento dos estômatos durante o período de seca ainda é um assunto em debate. Neste contexto, a questão a ser respondida é a origem do sinal que comanda os processos de abertura e fechamento estomáticos.
Alguns pesquisadores acreditam que sinais hidráulicos produzidos nas folhas seriam aqueles que a planta usa para detectar o secamento do solo, enquanto outros entendem que os sinais químicos produzidos nas raízes seriam os mais apropriados para detectar a condição de deficiência hídrica.
A primeira teoria está baseada no conteúdo de água na folha: assim, quando a perda de água para a atmosfera através do processo de transpiração é mais rápida que a capacidade de reposição de água pela planta, ocorreria uma redução no turgor das células do tecido foliar. A redução de