Claude Bayer
A inserção dos conteúdos esportivos nas aulas de Educação Física (EF) no Brasil teve seus primórdios por volta da década de 50, quando da chegada ao Brasil do Método Desportivo Generalizado pela interferência do professor francês Auguste Listello. Entretanto, sua ênfase como conteúdo quase que exclusivo nas aulas de EF se deu a partir da década de 60, por conta do modelo de caráter eminentemente esportivizado adotado na época (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Além disto, verificava-se também a adoção de uma única forma de se ensinar estes conteúdos nas escolas, através do Método Tecnicista de ensino, cujo enfoque era o de desenvolver principalmente as técnicas e táticas desportivas, utilizando-se, para isto, de modelos adaptados do jogo dos adultos e que consistiam, basicamente, em repetições de gestos pré-estabelecidos e, muitas vezes, repetidos pelos alunos de forma extenuante.
Diante deste quadro inicial, nossa inquietação se faz presente quando, ao exercer atualmente a função de professor de disciplinas esportivas coletivas (basquetebol e handebol) e atuando também como supervisor de estágios em Universidades do estado de São Paulo, notamos que existe, ainda hoje, uma considerável parcela de professores de EF adotando o método Tradicional/Tecnicista no seu ensino de conteúdos desportivos.
Esta situação nos intriga e motiva a investigar o assunto, pois verificamos que a literatura oferece, a partir de meados da década de 80 do séc. XX, uma gama de novos métodos