Cegueira à mudança
Docente: Armando Luís Dinis Mónica Oliveira
Alunos: Cátia R. Melo e Jorge M. Martins
Coimbra, 9 de Junho de 2011
Resumo
Embora muitos acreditem que os nossos olhos funcionam como câmaras que registam todas as cenas que vemos, estudos mostram que a nossa capacidade de apreender informações visuais é bastante limitada. Este facto só pode ser compreendido pela complexidade e interactividade dos nossos processos cognitivos, como atenção, percepção e memória.
Introdução Teórica
Na constante interacção com o meio, os nossos sentidos são bombardeados permanentemente por estímulos visuais, auditivos, olfactivos que a nossa mente consciente tem dificuldade em processar na sua totalidade. Por exemplo, com relação aos estímulos visuais, o indivíduo capta, em cada fixação ocular, muitos detalhes do mundo, embora, sem a atenção focalizada, eles não são percebidos nem processados conscientemente e dificilmente lembrados. Essa sobrecarga no processamento cognitivo, ainda piora quando, simultaneamente ao processamento de estímulos, necessitamos recuperar informação da memória ou nos engajar em pensamentos complexos. Nesta dinâmica cognitiva, a atenção tem um papel fundamental. O estudo da atenção já está presente desde os primórdios da Psicologia e no seu sentido mais amplo foi assim definida por William James:
“It is the taking possession of the mind, in clear and vivid form, of one out of what seem several