Caso clínico em obstetrícia
Identificação: Mulher de 34 anos, gesta 3 para 2, residente em Salvador-Ba.
Histórico: Paciente foi admitida no Serviço de Urgência do nosso Hospital em trabalho de parto às 38 semanas de gestação e após uma gravidez sem intercorrencias. Saudável, sem história de medicação crônica, consumo de álcool ou drogas e sem alergias conhecidas. Foi colocado um catéter epidural para analgesia.
Durante o trabalho de parto e aos 8 cm de dilatação,a grávida desenvolveu um quadro de insuficiência cardio - respiratória aguda, iniciando dispneia súbita e dor pré-cordial, que rapidamente evoluíram para hipotensão, edema pulmonar, choque e perda de consciência. Simultaneamente, ocorreu a dilatação cervical digital, seguida de medidas para abreviar o período expulsivo.
Nasceu assim uma criança do gênero masculino com 3470 gr e 3/4/7 de Apgar, cuja recuperação foi conseguida à custa de ventilação com máscara.
Com a paragem cardíaca materna em actividade elétrica sem pulso, iniciou-se suporte avançado de vida, com compressões torácicas e entubação endotraqueal, infusão de cristalóide, adrenalina e atropina endovenosas. Após cinco minutos de manobras de ressuscitação cardio- pulmonar, a doente recuperou o pulso e respiração espontânea.
Pouco depois de ter sido admitida na Unidade de Cuidados Intensivos, iniciou hemorragia genital profusa. Efectuou oxitocina seguida de sulprostone endovenoso e misoprostol rectal, sem sucesso. Constatou-se a presença de