Bactérias multirresistentes
Introdução Sabe-se que aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados desenvolvem infecções em conseqüência de procedimentos invasivos ou de terapia imunossupressora, e que o uso de antimicrobianos de forma maciça e indiscriminada contribui para a multirresistência bacteriana.
Essas infecções são comumente causadas por Estafilococos resistentes à metilicina, Enterobactérias e Pseudomonas, podendo ocorrer também por Acinetobacter. A identidade do organismo causador pode fornecer alguma indicação em relação à sua fonte, todavia, certos patógenos têm significado especial porque podem causar grandes surtos em todo hospital.
O uso dos antimicrobianos de uma maneira maciça e indiscriminada …exibir mais conteúdo…
Um sub-grupo particular de beta-lactamases, as metalo-beta-lactamases, produzidas principalmente por pseudomonas e acinetobacter conferem resistência aos carbapenens (imipenem e meropenem), os quais constituem as principais armas para o tratamento de Gram negativos multirresistentes.
Outros mecanismos de resistência estão associados à perda de porinas da parede bacteriana, mecanismo de efluxo a partir do ambiente intracelular e modificação do sítio de ligação dos antibióticos. Felizmente, as taxas de resistência à polimixina são muito baixas (< 5%) – único antimicrobiano disponível para esta situação. Os problemas relacionados ao uso de polimixina estão na toxicidade (nefrotoxicidade, principalmente), no pouco conhecimento sobre aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos e na pouca disponibilidade do medicamento no mercado brasileiro.
Medidas recomendadas para prevenção das Bactérias Multirresistentes:
• Identificar precocemente o paciente colonizado ou com infecção;
• Manter o paciente em isolamento;
• Respeitar as medidas de isolamento de contato preconizadas pela SCIH;
Precauções de Contato
Indicações
Infecção (ou suspeita de infecção) ou colonização por bactérias multirresistentes ou microrganismos epidemiologicamente importantes (como rotavírus, vírus sincicial