Autoconhecimento e liberdade em behaviorismo radical
Vale ressaltar que a instituição do autoconhecimento não é precisa. Não há formas de controlar o relato para que ele seja completamente acurado, uma vez que ele é mantido e modelado de forma diferenciada entre os membros de uma comunidade verbal. O que cabe fazer, nesse caso, é identificar as variáveis das contingências e do próprio assunto, Skinner ilustra:
Quando o homem se controla, escolhe um curso de ação, pensa na solução de um problema, ou se esforça em aumentar o autoconhecimento, está se comportando. Controla-se
comportamento, gerando o
autocontrole imprescindível ao autoconhecimento (Marçal, 2004). Sobre esse
precisamente como controlaria o comportamento de qualquer outro através de manipulação de variáveis das quais o comportamento é função. Ao fazer isso, seu comportamento é um objeto próprio de análise, e finalmente deve ser explicado por variáveis que se situam fora do próprio indivíduo. (Skinner, 1953/1981)
Em outras palavras, o homem não pode mudar a natureza e não pode impedir que o ambiente exerça algum tipo de controle sobre seu comportamento. Se ele recusar-se a conhecer os processos que controlam seu comportamento, será sempre submetido às variáveis ambientais e não haverá troca. Conhecendo os determinantes do comportamento, o homem estaria mais capacitado a ser livre e assumir o controle de sua