Aristoteles - vida e obras
Filósofo grego, um dos mais importantes pensadores de todos os tempos. Nasceu em Estagira, filho de Nicômaco, médico de Amintas II, rei da Macedônia e pai de Filipe. Aos 17 anos, foi para Atenas, tornando-se discípulo de Platão na Academia. Continuaria por 20 anos ao lado do mestre, até a data de sua morte. Deixando Atenas, foi para Assos, na Ásia Menor, onde Hérmias, ex-membro da Academia, governava. Lá desposou Pítias, sobrinha de Hérmias. Com a morte deste, mudou-se para Mitilene, onde permaneceu por dois anos. Falecendo sua esposa, desposou posteriormente Herpilis, que lhe deu um filho, Nicômaco. Em 343, mudou-se para a corte de Pela, porque Filipe da Macedônia lhe confiou a tarefa de educar seu filho, …exibir mais conteúdo…
No âmbito da lógica tomada em seu sentido estrito, é Aristóteles o criador do método denominado dedução, que tem no silogismo sua mais perfeita forma. Este pretende fornecer certeza e necessidade às conclusões acerca do particular, advindas de premissas gerais verdadeiras. É também Aristóteles o primeiro filósofo a subordinar claramente a verdade à linguagem, afirmando que a verdade não reside nas coisas mesmas, mas somente na relação que se estabelece entre as coisas e as proposições acerca delas.
Existe, contudo, segundo a concepção aristotélica, um modo de conhecimento que opera em sentido oposto ao dedutivo, e que parte da multiplicidade oferecida aos sentidos para extrair dela conceitos de ordem geral. Tal procedimento é a indução, que permite ao conhecimento atingir o universal próprio ao conceito, presente, enquanto estrutura, em todos os entes. Se as ciências devem ter por meta alcançar as estruturas gerais dos entes, elas devem estar todas subordinadas a uma ciência primeira, que abarca o modo mais fundamental de todo ente manifestar-se, isto é, o simples fato de ser. Esta ciência será chamada metafísica, sendo determinada como ciência do ser enquanto ser. A fim de poder compreender a unidade do ser conjuntamente à pluralidade pela qual se manifesta, Aristóteles afirma uma concepção analógica do ser, que exprime: o ser se diz em vários sentidos. As diversas acepções nas quais o ser pode ser tomado