Apolinarismo

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Apolinário de Laodicéia (c. 310 - c. 390) foi bispo de Laodicéia. É também conhecido como Apolinário, o Jovem, para distingui-lo de seu pai Apolinário, o Ancião.
É o propositor da teoria chamada apolinarianismo, considerada herética no primeiro Concílio de Constantinopla.
Afirmava que Jesus não tinha um espírito humano e que seu espírito manipulava o corpo humano, contrariando o arianismo que negava a divindade de Cristo.
Apolinário e o apolinarismo. Apolinário (310-390) bispo de Laodicéia, estimulou a controvérsia sobre a natureza de Cristo, afirmando que Cristo não podia ter duas naturezas, a divina e a humana, completas e contrárias, pois a divina era eterna, invariável, perfeita, e pelo contrário, a humana era temporal, finita,
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ESTEVÃO BETTENCOURT,OSB
29-Abr-2002
Após verificar que o Filho de Deus é verdadeiro
Deus com o Pai e o Espírito Santo, a atenção dos teólogos devia voltar-se mais detidamente para a questão: como Jesus pode ser autêntico Deus e autêntico homem? Como se relacionam entre si a Divindade e a humanidade de Jesus? A resposta a estas perguntas exigiu grande esforço por parte dos estudiosos, que a formularam em quatro etapas: 1) a fase apolinarista; 2) a fase nestoriana; 3) a fase monofisita; 4) a fase monotelita. A seguir, estudaremos as três primeiras destas etapas. O
Apolinarismo
Em plena controvérsia ariana, o Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), 310-390, mostrava-se fervoroso defensor do Credo niceno contra os arianos, mas afirmava que em Cristo a natureza humana carecia de alma humana; tomava ao pé da letra as palavras de S. João 1,14: *O Lógos se fez carne*, entendendo carne no sentido estrito, com exclusão de alma. O Lógos de Deus faria as vezes de alma humana em Jesus, isto é, seria responsável pelas funções vitais da natureza humana assumida pelo Lógos. Os argumentos em favor desta tese eram os seguintes: duas naturezas completas (Divindade e humanidade) não podem tornar-se um ser único; se Jesus as tivesse, Ele teria duas pessoas ou dois eu - o que seria monstruoso. Além disto, dizia, onde há um homem completo, há também o pecado; ora o pecado tem origem na vontade; por conseguinte, Jesus não podia ter vontade humana nem a alma espiritual,

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