Analise do filme " o mercador de veneza "

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O Mercador de Veneza e sua relação com as disciplinas do Direito.

“Acompanhai-me ao notário e assinai-me o documento da dívida, no qual, por brincadeira, declarado ser que se no dia tal ou tal, em lugar também sabido, a quantia ou quantias não pagardes, concordai em ceder, por equidade, uma libra de vossa bela carne, que do corpo há de ser cortada onde bem me aprouver” Esta é a síntese do contrato firmado entre o judeu Shyloc e Antonio, fiador de seu amigo Bassanio, este apaixonado por Pórcia, que para cortejá-la, pede a Antonio a quantia de três mil ducados. A garantia do empréstimo é uma libra da carne de Antonio a Shyloc caso não consiga devolver a quantia em um prazo de três meses.
O filme, O Mercador de Veneza, de William
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Então para Shyloc o contrato torna-se um trunfo e sua grande oportunidade de vingança. Podemos observar aí grande relação dos ensinamentos do Direito Civil e a teoria dos contratos.
O filme mostra o grande dilema entre a moral e a lei. O contrato perfeito do ponto de vista formal, porém com um conteúdo imoral. Por um lado a lei assegurava a Shyloc o cumprimento do contrato, a figura do Direito adquirido, alicerce do Estado de Direito, mas se o senso moral prevalecesse implicaria no perdão de Shyloc e a rejeição da pena acordada.
O ápice da trama se realiza durante o julgamento quando ao entrar em cena Baltazar, o advogado, na verdade Pórcia, agora esposa de Bassanio, disfarçada de homem em defesa de Antonio, comunica a Shyloc:

“Dispõe-te, assim, para cortar a carne. Mas não derrames sangue, nem amputes senão o peso justo de uma libra, nem mais nem menos; pois se retirares mais ou menos do que isso, o suficiente para deixá-la mais pesada ou leve na proporção, embora da vigésima parte de um escrópulo; ou ainda , se a balança pender um fio, apenas, de cabelo, por isso a vida perdes ficando todos os seus bens confiscados”.

Segundo a lei da época incorria em crime o estrangeiro que ameaçasse a vida de um veneziano e perderia metade de seus bens para o Estado e

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